AO SOM DO FREVO (*)

Quando se deseja amar,

Ver bonecos por Olinda,

Tem-se a multidão mais linda

Na avenida à beira-mar.

Logo o vate pensa e mescla

Gente e cores – coisa fina! –

Ao momento de traquina

Bem danado de bom e tecla...

Tecla em paz, com rimas belas,

Algo nato de profeta

Das pernambucanas telas.

Vê-se em dança quente e mente:

– Um passista em nada afeta

A cadência dessa gente!

Fortaleza, 20/02/2007.

(*) Publicado na Antologia literária internacional Del’Secchi, vol. XXVII, 2017.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 09/03/2018
Reeditado em 09/03/2018
Código do texto: T6275013
Classificação de conteúdo: seguro