O VATE

Pululam meus pensamentos e ideias

E sobem faúlas até que aqueça

E parecem-me como prosopopéias

Que galreiam na minha cabeça.

E me ponho entre o riso e pranto

Entre o amargo e doce que apregoa

Semelhante a expectador, portanto,

Para dissipar toda e qualquer loa.

As palavras fazem-me prisioneiro

E o sentimento é meu cativeiro

Onde cinzelo versos e melodias.

No âmago do peito passo a poetar,

Vivendo entre o rir e o chorar,

Fazendo que de mim fluam poesias.