IMENSO MUNDO

Ó águas da alma do ardente rio

Que corre suave pela lembrança,

Às vezes me torna como criança

Ou me leva a momento sombrio.

E se acordo numa manhã quando

Os pássaros cantam quase chorando,

O céu se mostra triste não azulando

E o sol sem a alegria se acanhando.

E, às vezes, isto há dentro de mim

O meu imenso mundo se faz assim

Pelos vocábulos astuciosos e reles!

Sinto arrepios nas minhas peles

E tudo parece estar desabando,

O amor de palavras acaba quando?