HIPÓCRITA!

Perdeu-se no tempo de vento

E fez-se como grande enleio,

Não quis tomar todo o alento

E recuou do caminho estando no meio.

Deixou-se seduzir pela palavra suave,

Fez-se de surdo não escutou sabedorias,

Quis tirar o cisco e tinha uma trave

E se ufanou em todas as fantasias.

Albardou a estultícia e se foi sobre ela,

Inchado, Discursava em cada esquina;

Abrindo sua comporta de água impura.

Estava vestido de soberba e só dela,

Despótico, julga estar sempre por cima;

Arrogante que dispensa da alma a cura.