BREU...
Mereço a morte, eu sei, mereço a morte,
A dar-me a boca em flor com sua loucura!
Também mereço errar o vão da sorte
E, morto, me esvair na sepultura!
Atônito, remexo a vida.... um lixo!
Sem rumo e sem caminho eu já me esqueço...
Mudei o meu olhar, pareço um bicho
vagando pelas ruas... desfaleço!
Quem vê a mim não diz que este sou eu;
Não há mais nada em mim que seja meu!
Por isso é que este mundo me ignora!!!
Que venha a madrugada feito um breu
Trazendo a morte súbita e o adeus
da alma que em mim sofre e tanto chora!!!
Arão Filho
São Luís-MA, 27 DE FEVEREIRO DE 2018