Dégradé
 
Matizes dourados iluminam a tarde
Fluem em dégradé no limiar dos prédios
Refletem mais frágeis em seus pontos cegos
Tédio que reluta, mas cede e interage
 
...São scans oblíquos em boa viagem,
que atingem as águas por entre espigões
em verdes translúcidos expandem seus tons
no efêmero tempo que têm como margem
 
Esparsas, as nuvens, tênues de coragem,
intercalam fracas sombras aos frissons,
quando o alheio vento lhes dá direções
 
As vidas comuns nem nota a imagem
Céleres, imersas em suas ambições.
A pressa prescinde de contemplações.