OPOSTOS
JB Xavier
 
Tu tens a tessitura da inverdade,
E até no doce timbre da tua voz
O Tempo encerra em ti a brevidade
Ao resumir-te assim, de um jeito atroz...
 
Tu és uma intenção, calamidade,
Um rio que vai se opondo à sua foz,
Convite a seguir pela eternidade
Qual vôo infinito do albatroz...
 
Tu és a perdição de quem delira,
Perfume que encantado no ar dispersa
O aroma delirante da mentira.
 
Tu és somente tu, e nunca nós,
Tu é a sedução, assim, perversa,
És minha redenção e meu algoz!

 
JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 22/02/2018
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