CORRENTES
Estou preso a ti por um amor doentio
Não sei o que posso fazer ou pensar
Desmoronam as paredes e sinto frio
É castelo de areia que desfaz o mar.
E eu teimoso torno a construí-lo,
Eu só, e tu não vens para me ajudar
E quando está pronto vens possuí-lo;
Teu amor parece como ondas do mar...
Este amor bloqueia meu raciocínio,
Às vezes, parece-me sair do real
E tão forte é que perco meu domínio,
Deixa meu espírito e alma dormentes.
Quero livrar-me, parece-me um mal,
E destruir estas fortes e grossas correntes.