Amor desvairado


Da noite breu que me capa os sentidos
Surge o vulto elegante do meu amado:
Corpo gingão, de olhar apaixonado
E gestos quentes, pouco comedidos.
 
Até nisso somos tão parecidos!
Requebros de um coração apaixonado
Ansiando a toda a hora ser mimado…
vivendo emoções, gestos não contidos.
 
E a nossa noite faz-se tão pequena!
Porque a vontade surge em catadupas;
Em uma junção a dois assaz obscena
 
Um e outro agarrando bem as garupas
Recriamos passes de uma faena
Sem olés, nem vivas, apenas upas...
 



Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Sonetando”
Modocromia, Edições

 

 

 
Lucibei
Enviado por Lucibei em 19/02/2018
Reeditado em 29/08/2020
Código do texto: T6258608
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