NÃO FIQUE TRISTE LUA...
Jamais eu tive comunhão mais verdadeira
Do que aquela quando o sol enfim levanta
E com a luz no céu a treva da garganta
Deixa sair o azul da sua voz inteira...
Com a inspiração qual brisa sorrateira
Transpassa o ar, e passa, volta livre e canta
Depois desaparece como quem encanta
Mas deixa versos, sobre minha cabeceira...
E eu os capturo como aprouver
Pra ler a natureza vasta da mulher
Sob o luar, que a ele então se insinua...
Que faz a lua ter ciúmes lá do alto...
Não fique triste lua, morta no asfalto
Pois é você quem sobre ela ao fim atua...
Autor: André Luiz Pinheiro
16/02/2018