ÍGNEO...
Sem aviso. Assim desperta,
Combustão desse sentimento,
De explicação sutil, incerta,
Chama a alegria ou o sofrimento.
Queima na alma e não se encerra,
Chama que arde a todo momento,
Qual a seca mata de dócil serra,
Em cinzas leves levadas ao vento.
Graus de calor ou esquecimento,
Por variáveis passados momentos,
O sangue gusa na veia emperra.
No corpo a sentir o aquecimento,
Opondo-se ao olhar de arrefecimento,
Assim, em choque o coração se aferra.