Solidão que o fez poeta

Sozinho e revoltado sem razão

Como um fantasma que já não assusta

Uma alma que se esvai, mas tão vetusta

Encontra apenas paz na imensidão

Que busca se esvair de si em vão

E em plena fuga temeroso susta

E que não sabe mais o quanto custa

Uma viagem pela ilusão

Mas continua potencialmente

Um ser humano muito diferente

Sem semelhança com outros humanos

Mantém ainda de forma discreta

A mesma solidão que o fez poeta

E o faz poeta no passar dos anos!

Clécio Dias
Enviado por Clécio Dias em 16/02/2018
Reeditado em 16/02/2018
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