ASSASSINATO DA VERGONHA

O pombo branco muito voa,

No vai e vem não fica à toa

E pousou num charco de lama

D’um teatro onde discorria a trama.

Mas foi feita bela e doce cama

Com reais compras no drama

E o ator deitado em deboche

E falava parecia um fantoche.

Nem suspiro se ouvia na platéia

O ato transcendia qualquer ideia

Culminando com o assassinato da vergonha

Que fora envenenada com mortal peçonha.

O autor usava da última flor do Lácio

E também tinha acesso ao palácio.