AS PALAVRAS
Quero a alma da linguagem:
As palavras florindo na aragem
D’um campo vasto da gramática
Em área calculada pela matemática.
Quero frases como sóis a iluminar
Como límpidas águas de certo mar,
Na história da verdadeira morfologia
Não explicadas nos abismos da filosofia.
Quero palavras alvas de sofismas
Do malfazejo vento que muda a geografia,
Deixando o relevo das frases em alegoria.
Quero textos desprovidos de cismas
E que aviltam a química fonética
E faz das palavras uma babel eclética.