Poetando sem saber
Diz-me Alma minha, controversa.
O que te resta a querer?
Letras há para mostrar,
No irrisório mundo a desbravar!
Lança anátemas, coisas mais e tais!
Diz blasfemar o que não sabe interpretar.
Judia a mente, cansada de pensar!
Iludi a pobre Alma, pensando ser a mais!
Louca, sôfrega, estranha escassez,
Turbilhonas tantas letras,inserindo tal dizer.
Ah! Calas-te, fica em silêncio somente
Esta vez!Se preciso for, altera seu humor.
Inquieta e sôfrega mania de escrever.
Acalma o pensamento e aquieta o saber!