Tudo o que agora me desfaz

Cheio de um pleno vazio sobrenatural!

Uma saudade não tida em outros carnavais.

Percebi que meus escritos eram escritos,

Com a fantasiosa inspiração dos imortais.

E que talvez eu fosse mesmo uma farsa.

Talvez mesmo até o óleo, do óleo e água.

Por que toda aquela poesia inventada,

Certamente não me pertence mais.

Eu a escrevi, porém não mais a tenho.

A inspiração que me era irradiada,

Era somente veneno, e agora silente.

Sinto que não era eu, era a gente.

Mas nós não somos mais e entendo.

Posto que criei tudo o que agora me desfaz.

Uil

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 12/02/2018
Reeditado em 12/02/2018
Código do texto: T6251947
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.