Soneto da rotina

Tudo que tem começo tem fim

tanto faz se é na dor ou no prazer,

calado, eu nunca irei te dizer

que quem planta orquidea não colhe jasmim.

Eu adubo e rego o meu jardim

e as plantas, ( versos), cuidam de nascer

para que eu, as possa, então, colher

e nunca foi diferente para mim.

Assim vou jardinando a poesia

colhendo os meus versos na bacia

como se eu vivesse no Parnaso.

Passo os dias, assim, nessa rotina

aceitando cumprir a minha sina:

Ser entre verso e reverso, o caso.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 12/02/2018
Reeditado em 12/02/2018
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