Soneto da rotina
Tudo que tem começo tem fim
tanto faz se é na dor ou no prazer,
calado, eu nunca irei te dizer
que quem planta orquidea não colhe jasmim.
Eu adubo e rego o meu jardim
e as plantas, ( versos), cuidam de nascer
para que eu, as possa, então, colher
e nunca foi diferente para mim.
Assim vou jardinando a poesia
colhendo os meus versos na bacia
como se eu vivesse no Parnaso.
Passo os dias, assim, nessa rotina
aceitando cumprir a minha sina:
Ser entre verso e reverso, o caso.
Josérobertopalácio