AMOR DE CARNAVAL - II
De repente a alegria contagiou,
Meu coração, feliz agradeceu,
Meu olhar, já sem viço, reacendeu,
E eu amei, como alguém jamais amou.
Na avenida uma escola destacou,
Todo o amor que Deus nos concedeu...
Teu terno coração, agora meu,
Na promessa divina, repousou.
... Tão pródigo amor, adoeceu,
Delirante, feriu, esmoreceu,
E entre choros e risos, soçobrou...
Ó abre alas... Vem, aqui estou!
De coração, assaz, porque amou,
Dando prova real do que viveu!
(Amor de carnaval, assim como todos os outros;
adoecem, ora resistem, ora fenecem, ou renascem -
(penso eu)
xxxxx
Bela e humorada interação do querido poeta
TROVADOR DAS ALTEROSAS. Grata!
ENTÃO FOSTES TU?
Uai, eu tomém tava nu carnavar
Aí vi ocê vistida di colombina,
Bilisquei a custela pra priovocar
Ocê riu, garrei e falei vem cá minina.
Nóis foi sartanu prum lugá iscuru
Pensei qui dava pra fazê bubiça,
Condi nóis tava nu bãu lá nu muro
Foi condi chegô as tar de puliça.
Aí nois vortô pulanu pra fulia,
Ocê di máscra misturô a ingrizia,
Saí caçanu nequeli vai num vai.
Achei nada, tô achanu qui era ocê
Si fô ocê, anu qui vem vorta pra vê,
Si nós incontrá nós gruda né, uai?
xxxxx
Belíssima interação do poeta JAMES ASSAF. Grata!
Meu amor foi como um desfile de carnaval:
O abre-alas prometendo um grande espetáculo,
A evolução apresentou alguns incidentes,
Na apoteose, atravessava lento.
Finalmente, na dispersão percebi que precisaria
de uma outra história para consolidar minha
alegria...
xxxxx
Belíssima interação do poeta FERREIRA ESTÊVÃO. Grata!
Carnaval, desengano
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano.
Amor de Carnaval é garoa,
rápido se esvai e depois fica a tristeza.