Vale tudo
De que vale a internet, de que vale?
Nem o carteiro, até agora, deu jeito
o Zap não ajuda, com defeito,
mas nada fará com que eu me cale.
A poesia não deixa que eu me abale
mas vou evitar o verso, é suspeito,
melhor, então, tentar um outro feito
bem antes que, meu dedo, eu estale.
Faz tempo que eu persigo essa mina
no onibus, na praça, na esquina
mas sempre, sempre, ela me ignora.
Só que a sorte pendeu para o meu lado
num bingo de carros fui sorteado,
um Mercedes. Será que vem, agora?
Josérobertopalácio