SONETO DE PÂMELA MELO
Às sombras dos teus lábios, amor meu,
Alivia as minhas manhãs de solidão.
É um antigo cântico entoado por plebeus,
Tal como ópera, que é regida na estação.
Tem o olhar fixo e pacífico de morena,
E reflete no marrom, que estampa a flor-divina.
Jeito doce de atriz, interpreta a cena,
Com o teu sotaque arretado de nordestina.
Poetisa dos cabelos cacheados,
Sorriso branco, envolve pobres e inocentes,
Feito poesia para um novo espaço sideral.
Mantém a proteção dos corpos fechados,
Falar de você, é plantar belas sementes
E colher maçãs no meu próximo carnaval.