RITO DE PASSAGEM
O tempo é qual faca afiada
Sempre corta sem nunca nos avisar
É feito nuvem branda que passa...
Ferida- que não se pode assoprar.
O tempo também passa assustado
Pergunta-se: "como posso passar,
Se a cada segundo que passo...
Mais fico, sem a mim me levar?".
O tempo é rito de passagem
Martelo dum veredicto a cumprir!
Sentença da arbitrariedade:
Passar-se!- sem saber aonde ir.
Se findo se renova a tempo
Dum verso, também prestes a partir.