Covarde Amor

Eu nunca pedi para amar-me, pois nunca soube amar direito

Palavras na mente sempre foram fáceis, exceto o vazio no peito

E se te soa como infeliz minha covardia, saiba que te amei distante

Entre tantos amantes infiéis eu o zelei, um casto amor constante

Olhei teus olhos por poucos segundos, pequenos cacos do infinito

Talvez seja austero não tentar, mas não desejo partir algo tão bonito

Os bel-prazeres o tornam inconstante, uma amarga busca mundana

Por isso vos chamo amigo, pois conheço os perigos de quem ama

A existência de uma eletricidade, selada com discretos flertes

Diria que nosso destino estava traçado, porem não me pertenceste

Deixei-o livre para recordar-te em canções, pois poesia machucaria

No entanto com palavras lhe gravo, mesmo que em um amanhã fira

Atravessando o muro construído pela mudança, vejo meu querido mentor

E não preciso tocar sua pele ou articular, para verte que sinto amor

Pois no silencio amo-te mesmo que não veja e no abraço ofereço meu calor

Assim como as ondas que beijam o mar, voltaremos a nos reencontrar

Tu não lembrará das palavras turvas ditas e eu continuarei a sonhar

Pois mesmo que tomemos diferentes caminhos, sempre comigo estará

Sueli Zubinha
Enviado por Sueli Zubinha em 08/02/2018
Código do texto: T6248639
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