NÃO SEI
Amor não sei o que é, mas cá comigo
Sinto por ti um certo adensamento,
Na garganta um nó, temo o perigo
De morrer dessas dores que eu invento.
Dá sequidão na boca, ora mastigo...
No estômago um frio que me alimento
A lembrança nos meus olhos que abrigo
Cego à imagem tua e me contento.
Chão a fugir de mim quando está perto,
As palavras na mesma proporção.
Quanta certeza penso e desconserto,
Meus pensamentos todos a ti vão
Num sentimento vivo descoberto
Um querer viver - sem explicação