A PRISÃO DO HOMEM
Intrépido rio, furiosa ventania,
O que os move tão intensos
O que torna a noite em dia?
Ocupando meus pensamentos;
Sinto vida onde morte procuro,
Deitado descanso sob o cedro,
Brotos nascem 'té em monturo,
Na paisagem sobro ou medro?
Indiferente o homem à natureza
Dela pertencendo à deixa a parte,
De concreto e aço esta frieza;
Que como cela o deixa preso
Tornando-o escravo do medo,
De quando livre ficar indefeso;