SONETO DA GOIABA
Floresci, quando a flor branca passava
Rente à minha vista, tal como copo-de-leite.
Um pequeno furo na goiaba chorava
E o amor torturava aquele pobre sujeito.
Amar é como velar seu próprio funeral,
Amarrando cordas no caixão do sofrimento.
Amar é sugar parte de todo um seringal,
Sem causar dor e nenhum desmatamento.
Então, seguiremos assim, correndo.
Uma maratona, sem destino em meio ao fim,
Feito o sol da ventania no capim sereno.
Perfumando asas de borboletas no jardim,
Esqueci de todo o amor que sinto por ela.
No banco, chorei, querendo ela para mim.