O INEXORÁVEL TEMPO
Corre o tempo, o relógio alvissareiro
Vai digerindo segundo após segundo,
E o segue o nascituro, e aos moribundos
O tempo freia o lúgubre ponteiro.
E o mundo é uma roda, vai girando,
E os seres como folhas vão caindo
E outras folhas nascem renovando
A vida que transita ao tempo infindo.
E o tempo segue adiante, não exorta
A estrada em que passou, vale o presente,
E vai no seu caminho abrindo as portas
De um novo horizonte, segue em frente,
O que ficou atrás nada a ele importa,
Não sofre, o seu passado ele não sente.
Serra 05/02/2018
Geraldo Altoé