Na Noite Estrelada
Na Noite Estrelada
Numa manhã de Novembro bem fria
Com o arvoredo das folhas despido,
Tal como o sem abrigo pouco vestido
Que pelo mundo passa sem alegria!
Na noite estrelada por aí dormia
À sua pouca sorte está rendido,
E pela má fortuna ofendido
Ao mundo ele já nada pedia…
À caridade a mão estendia
Bondade que aos poucos se extinguia
Neste mundo carregado de tristeza!
Sem abrigo da origem esquecido
Por esse mundo de enganos perdido
Vive no meio de tanta vileza…
Casmil, Novembro 2017