Tenho em mim uma profunda repugnância
Tenho em mim uma profunda repugnância
Tal malfadado de mecânica nefasta
A podridão nos consome em essência gasta
Tal uma sombra desejo esta substância
A opulência da forma que desgasta
É de mim que escorrem em abundância
A bacteriologia antropófaga em ânsia
E só falar da morte não me basta
No horror de meu humano invólucro
Vou praguejando ansiando o meu sepulcro
Para me unir pra sempre a negra horta
E ao despencar nos humos dos subterrâneos
Terei minha paz em um jardim de crânios
E descansar perpétuo em carcaças mortas