Que festa é essa?
 
Como poderia condenar a alegria?
Reduzi-la a habitat de manipulações?
A um reino maior da mera alienação
Se quem disso usa o faz todos os dias?
 
...E se de carnaval alguém vive o ano todo,
Seria uma minoria a conquistar os sonhos
Em outros seguimentos todos nós sonhamos
Discretamente, para não parecer tolos
 
Ou talvez seja só uma questão de arrojo
De se manifestar segundo nos sintamos
Sem querer se espelhar no elã de outro povo
 
Essa festa é um espelho que ofusca o nojo
Decora a tristeza com o que nós dispomos
Um hiato! Um tempo em tantos estorvos