precisar.

Precisar

Aqui estou.

Falta-se poucos dias para o natal e eu aqui. Em uma noite do dia 18 de dezembro no sofá, lendo um livro que você deu-me um dia qualquer.

- e a chuva lá fora completa o cenário com a função de trilha sonora-

E agora? Eu não sei. Eu não sei o que eu faço. Eu não sei como eu devo proceder.

Eu gostava de tê-lo por perto; e mesmo que esse verbo esteja no passado ele está no presente.

Me sinto completa quando ele está aqui.

O vazio não era completamente preenchido mas eu sentia algo parecido com um “oi, estou bem. E qualquer coisa é só correr para os braços do único que lhe conhece verdadeiramente”

Brother, eu não acredito que depois de tudo o que houve ainda conseguimos chegar tão perto como chegamos.

Ainda consegui enxergar nos seus olhos o brilho que o nosso antigo recomeço nos trazia.

Ainda senti seus lábios tocando os meus e o seus elogios me deixar tímida.

Ainda li vários “eu te amo” e ainda cheguei a acordar com um “bom dia amor”.

Parece um sonho, com o seu tempero de pesadelo.

Não importa o que aconteça, o amor da nossa vida é só um, lembra?

O amor de nossa vida é apenas um e meu coração sempre irá sentir um vazio enorme em detrimento disso.

Eu preciso da nossa casa, dos nossos objetos, dos nossos filhos...

Eu preciso da nossa vida que não chegamos a viver.

Eu preciso disso tão quanto preciso de h2o e oxigênio.

Eu preciso sentir-me amada pelo homem que já visitou meu porão inúmeras vezes e mesmo assim ainda teve a ousadia de falar “eu te amo”.

Eu preciso disso.

Tão quanto eu preciso de palavras para incluir-me nesse mundo.