MEU TESOURO
Memórias de infância a retornar,
Em sucessivos insigts coloridos...
Como aquele meu róseo vestido,
Todo em papel crepon a farfalhar.
Fica no fundo do peito; limiar
Entre o real e o sonho mais querido,
Entre o desejo e o amor, nunca esquecido,
Surgindo qual linda Lua, a alumiar.
É feito de lembranças meu tesouro,
De momentos vividos com inocência,
Quando seu olhar cruzava com o meu.
Está guardado a chave este ouro,
Pois o mais correto é ter prudência,
Tanta candura nunca se perdeu!
Agradeço ao colega Paulo da Cruz
pelo lindo poema:
REMINISCÊNCIA DO AMOR
Paulo da Cruz
Doces lembranças que habitam na memória...
Do coração que se embala em seus sutis movimentos
A viajar no tempo da nostalgia do que se viveu...
E assim a marcou...
Não!
Não a podem deixar...
Nunca...
Dos momentos vivos que a teceram...
Do amor que se sentiu na alma... e nela esculpiu
Da ternura que a abraçou...
Ou poderia, então melhor se dizer... a enlaçou...
E agora, ai, quanta saudade a me invadir agora
A suspirar pelas marcas daquela reminiscência do que se sentiu
Naquele tão luminoso e animado tempo...
E partiu...
E desta forma
Não sei se me alegro
Não sei se me entristeço
Ao que meu espírito flutua sensível no prazo desta hora
Mas se então invade, pois tanto minha memória
Pelas lágrimas a cair de meus olhos
Ao que, quem sabe, a Vida até ri de meu tolo pranto...
Todavia, longe de mim reprimir o que neste instante sinto
Pois faz-se certo dizer que ainda que tanto
Valeram a pena todos os risos...
Compensaram todas as dores... naquele tempo
Ah, e como valeram!
Pelo tanto que significaram... e em minha vida... ficaram...
Em inspiração ao lindo soneto “Meu tesouro”, da escritora Adria Comparini
Paulo da Cruz
Foto feita hoje à noite na cidade de Franca
por Rita Furlan (Super Lua)