Muros invisíveis

Pouco depois de sucumbido o muro
Os olhos do ocidente e as  pernas do oriente
Sem meios termos, inconsequentemente
Cederam a outros, à direita do politiburo
 
Trazem aqueles traumas como suficientes
Como um pavimento sem recheio social
E os novos templários da defesa ao capital
São recebidos em festa nas terras da gente
 
Voltamos modernos ao medieval
Onde os filhos são votos de pais indigentes
Na verdade latente dos mestres do mal
 
Quando a noção cede ao vírus fatal
Calamos ao descalabro e (quem cala consente)
Um país afundado nesse lamaçal

Inspirado no soneto do Poeta Carioca:" Velório verde, amarelo azul e branco"