POEMA INSURGENTE

“No Teatro D. Maria II, 31 – 01 – 2018”

Hoje chamaram-me de “soldado poeta”

Concordo, estando preparado pro combate,

Pois já sobeja no meu tempo de asceta

O recriar poesia sem jeito nem arte …

Soldado poeta, porque não houvera de ser?

É que o nosso Camões, esse, também o foi,

Mas… mais artilharia tomara eu de ter

Para cumprir tal tarefa. E é isso que me dói.

A Camões deram-lhe o nome de "Trinca-Fortes",

E agora a mim chamaram-me de “soldado poeta”.

Mas fico sem saber qual destas duas sortes

Fará que minha «lira» se torne mais completa!?

Vejamos, porém, o que vem mesmo a talho de foice:

Nesta «Casa de Garrett» eu sinto-me poetando

E… eis que certos poetas m´ aplicaram um “coice”

Ficando, mais uma vez, a Poesia esperando…

Não é Soneto, não? Mas é poesia, gente:

É poema insurgente, que fala e não mente!

Frassino Machado

In RODA-VIVA POESIA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 31/01/2018
Código do texto: T6241564
Classificação de conteúdo: seguro