SONETO OURO NAS CATRACAS
Nas estações, as catracas dão desgosto.
"Fora, Michel Temer!", grita o povo aflito.
A cada quatro e trinta e cinco tirado do bolso,
É greve, é roubo, gerando mais um conflito.
Nosso país se encontra feito o Curupira:
Descalço, desnudo, andando com os pés pra trás.
É feminicídio! É o estupro matando meninas.
E a farça lá de Brasília? Acaba nunca mais!
Porém, é preciso mudar tal situação.
Já sei! Vou me candidatar nessa nova eleição.
Fazer poesia, construir arte a novos ouvidos.
Visar os negros, brancos, pequenos da favela.
Colocar na cadeia toda essa corja, "Cinderela"
E gritar à nação bem alto, "Fora, povo maldito!".