Emanações
 
Indetectáveis por tão parcos sentidos
Seguem dispersas em quânticas levas
Em intermitentes idas entre luz e trevas
Emanações dos seres, livres, desprendidas
 
Em ainda leigas hipóteses pendentes
Pairam arredias em pontos indefinidos
Ao sabor de quantos outros propelidos
Coincidem ou não em atos consequentes
 
Seus emissores, presos aos cinco sentidos,
Alheios às gerações trafegam inocentes
Do quanto poderiam se fossem cientes
 
Resta a um tanto deles serem persistentes
Por lhes fustigarem sensações carentes
Que clamam mais clareza aos olhos e ouvidos