A VERGONHA

Vi um homem todo enfunado

Aos quatro ventos confessando inocência,

Outros pareciam ter preso o rabo

E clamavam por albente coerência.

Discursos inflamados e tão transparentes,

Defesa infundada e forte como espuma,

Palavras viciadas e soltas uma a uma

E transluziam ao espelho rostos inocentes.

Querem zombar da nossa inteligência!

Penso que o caráter está em falência,

Pois não há rubor na cara do sem-vergonha.

Quando virá a limpeza que o povo sonha?

Estão emporcalhando a história da Nação.

São excrementos? Certamente todos são!