QUO VADIS CATALUNHA
“Vora la mar de Lusitânea, un dia
Los gegantins turons d´ Andaluzia
Veren lluytar dos enemichs vaixells.
Assim de Catalunha a língua é fel
Do engano do destino seiscentista:
Em Espanha Barcelona e em Portugal alpista”.
Jorge de Sena, In Visão Perpétua
O Dia H, hora do lobo em pertinaz andança.
Quem do destino ousa o derrubar das portas
Por entre duas lanças e espadas desenvoltas
Que ameaçam a toda a hora fazer a matança?
Já não há do agareno a sua perseverança,
Nem dos Católicos Reis partilhas ou revoltas
Que possam contaminar as fiéis comportas,
Mas há, quem sabe, uma satânica aliança…
Não se espere d´ além-fronteiras complacência,
Nem a moral que se veja do Reino de Aragão,
Nem as “Cantigas de Santa Maria” ao violão
De Joan Manuel Serrat sonhando independência…
É a hora de um «papagaio de imitação»,
“Quem dá mais, questiona ele aos promotores,
Hoje, vós já nada valeis como cantautores
Apenas seguis o uivo da sereia e do cifrão”…
“Em Espanha Barcelona e em Portugal alpista”
Quo vadis, ó povo unido da Catalunha,
Onde está aquela alma que sempre se desunha
Na tenaz odisseia de uma tal conquista?
Frassino Machado
In AS MINHAS ANDANÇAS