QUO VADIS CATALUNHA

“Vora la mar de Lusitânea, un dia

Los gegantins turons d´ Andaluzia

Veren lluytar dos enemichs vaixells.

Assim de Catalunha a língua é fel

Do engano do destino seiscentista:

Em Espanha Barcelona e em Portugal alpista”.

Jorge de Sena, In Visão Perpétua

O Dia H, hora do lobo em pertinaz andança.

Quem do destino ousa o derrubar das portas

Por entre duas lanças e espadas desenvoltas

Que ameaçam a toda a hora fazer a matança?

Já não há do agareno a sua perseverança,

Nem dos Católicos Reis partilhas ou revoltas

Que possam contaminar as fiéis comportas,

Mas há, quem sabe, uma satânica aliança…

Não se espere d´ além-fronteiras complacência,

Nem a moral que se veja do Reino de Aragão,

Nem as “Cantigas de Santa Maria” ao violão

De Joan Manuel Serrat sonhando independência…

É a hora de um «papagaio de imitação»,

“Quem dá mais, questiona ele aos promotores,

Hoje, vós já nada valeis como cantautores

Apenas seguis o uivo da sereia e do cifrão”…

“Em Espanha Barcelona e em Portugal alpista”

Quo vadis, ó povo unido da Catalunha,

Onde está aquela alma que sempre se desunha

Na tenaz odisseia de uma tal conquista?

Frassino Machado

In AS MINHAS ANDANÇAS

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 29/01/2018
Reeditado em 29/01/2018
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