Sobre o Silêncio
Quando a maldade te ferir, te cala;
Se alguém te provocar, só silencia;
Se a ofensa te jogar em alguma vala,
Não mostre irritação, desarmonia...
Se alguma mão querida te apunhala,
Se alguém que dás valor te calunia,
Não faça disso uma infeliz mortalha,
Desculpa com franqueza e simpatia.
...E, quando te acusar a ignorância,
Também se a ingratidão te surpreende,
Quando te golpear a intolerância,
Demonstra que o Silêncio em ti ressoa,
Na voz da tua Paz que só compreende,
Na expressão do Amor que só perdoa.