Um olhar do futuro
Se a terra for substituída pelo asfalto
A sinceridade pela complacência
E pior, o afeto, pela carência
Se o céu não for azul. E não é.
Se a angústia gritar mais alto, ecoando
E travar uma luta por esperança, sem esperança
A vitória é o êxtase da ilusão, em dança
Junte as migalhas, mero ser humano
Seu tempo não é verdadeiramente seu
Seu corpo não te pertence. Tu és prisioneiro
Tu, ao universo, és um cisco em seu ventre
Não mereces o céu, assim como não a Terra
Maior amor que tu te destes não passou de invenção
Do mesmo que o céu e azul, mas paira sobre escuridão.