DIÁLOGO
Pai! Eis-me aqui sentado ao seu lado direito
Vim retomar a prosa que sempre existia
Antes deixe-me limpar a lápide fria
E amainar a saudade em meu peito.
Lembra naquele momento em que você jazia?
Eu em pranto debruçado em seu leito?
Ah! Hoje encontro-me de alma refeito
Aprendi que tudo tem seu tempo, seu dia.
Mas não venho lembrar do sofrimento
Não meu pai! Essa lembrança me trás é alento
O desígnio nunca falha...nunca prescreve.
...Peço desculpas pela tosse...essa fadiga
Essa moléstia que hoje em meu peito abriga
Me faz agora dizer: -Adeus! Juntos...até breve!