O MONGE E A SERPENTE - o encontro

O MONGE E A SERPENTE

o encontro

'Pós anos de silêncio e solidão,

Aquela alma culpada e penitente

Eis que encontra uma filha de serpente

Totalmente indefesa pelo chão.

De tão fraca, ele a pega com a mão

Quedando quase inerte simplesmente.

Co'os olhos em seus olhos, frente a frente,

Sem esboçar a mínima reacção.

O monge a colocou em sua cesta

E a carregou consigo para fora

Da sempre tão quente e úmida floresta.

Já no mosteiro, a todos apavora

Como se enfim tivesse má a testa,

Tal risco que corriam àquela hora.

* * *