FIRULAS
Trago a lanterna na mão
A buscar verdadeiros filhos
É por causa do apagão
Da moral fora dos trilhos.
A vergonha enterrada há dias
Os fantoches fazem romarias
Parecem-me atores ensaiando
Que se transfiguram interpretando.
Em cada rosto brilha inocência
Espelhos puros de toda dignidade
Limpam a boca: Não comi!
Abomináveis em demência
Fazem firulas da realidade:
Não falei, nunca vi e nem ouvi!