O MONGE E A SERPENTE - prólogo
O MONGE E A SERPENTE
prólogo
Contam que quando andava pela Terra
O iluminado espírito de Buda
Vivera em penitência surda e muda
Um monge seu ferido pela guerra.
Acolhido por Buda, mais se aferra
À sã meditação com que se escuda
A alma necessitada mais de ajuda
Visto que grande angústia em si encerra.
Aquele monge à paz se disciplina,
De sorte que mais nada o encoleriza,
Mesmo se tudo em roda desatina.
Assim, quer na tormenta quer na brisa,
Seguia sempre o mesmo a sua sina
Sob o carma que em mantras se suaviza.
* * *