OLÁ TRISTEZA
Eu estou morto, dilacerado e mastigado.
Visto com olhos de pena pelo resto
As lágrimas caiem bem em meu rosto pálido
E a melancolia fica evidente em meu manifesto
As chaves não abrem mais nenhuma porta
O coração bate por mero reflexo natural
Esvazia-se por completo a minha eterna alma torta
O desejo de ser um deus enquanto se é um mortal
O canto dos abençoados é mascarado –sem vida-
A morte é um deleite para quem não vive
E uma injúria na mente de longe é percebida
Volto-me e rebobino o presente
A saudade do desconhecido é de despedida
Mais uma noite se passa em minha vida descontente...
(Guilherme Henrique)