Meu barco, o soneto

Nas águas do soneto que componho

navego. tal qual um barco eu fosse,

transportando letras, esses meus doces,

pra aportar nas praias dos meus sonhos.

Com os versos, a remar me ponho

por entre ondas de emoções, como se,

pudesse eu ter, do mar, as posses,

pra chegar ao porto que me proponho.

Vou navegando meu desatino

de ser poeta, desde menino,

a enfrentar correntezas com minhas rimas.

Seria demais querer a luz do sol.

apenas busco no horizonte algum farol

pra guiar meu barco na neblina.

Josérobertopalácio

Eu luto, luto, amigo, todo dia

Tentando melhorar minha escrita

Mas a rima, coitada, sempre grita

Pedindo uma melhor companhia.

Quer versos metrificados, espia,

Diz que com minha pressa o verso se agita

Quer roupagem de linho, não de chita

Esta arte não se compra com dinheiro

Só tu pra me ensinar, ACPinheiro

Mas se te negares eu prometo:

Começarei rangando o papel

O lápis eu atiro lá pro céu

E nunca mais irei fazer soneto.

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 23/01/2018
Reeditado em 29/01/2018
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