TENÊNCIA
Vês? Ninguém é insubstituível
Neste mundo tão estranho
De tudo, entre perdas e ganhos,
Só mesmo a morte é previsível.
Mas cada um vive seu tamanho
E nem tudo é penar sofrível:
Há dias que beiram o risível.
Outros leves, que não causam lanhos.
Mas atenta! Há que se ter tenência,
Pois nem sempre a nossa insistência
É brindada com as palmas da vitória.
Vês? Ninguém é insubstituível,
Mas pode se tornar inesquecível
Aos olhos dos que (con) vivem sua história.
*Soneto na estrutura, mas sem métrica. O que me move é a inspiração, não as regras.