Ah ! Esse tal de Amor
Ah! Esse tal de Amor, sabe-se lá quem é!
Escorregadio, volúvel, melindroso,
logo que começa, acaba só porque quer,
e não o diz quem dele se fez ditoso.
Se o procuramos, escapa-nos pé por pé,
habita em nossa alma, mas sempre tão silencioso...
Dizemos: Vai-te! E mostra ficar dengoso;
perguntam: Cupido, és cego? És homem ou mulher?
Podemos vê-lo de baixo a cima
e não se sabe onde buscá-lo;
abraçá-lo é como a fumaça no ar...
Devora a quem dele se aproxima;
se sobreviver, nunca tente enfrentá-lo
mas, se encontrá-lo morto, faça-o ressuscitar!