SONETO 18

Como hei de comparar-te a um dia de verão?

És muito mais amável e mais amena:

Os ventos sopram os doces botões de maio,

E o verão finda antes que possamos começa-lo:

Por vezes, o sol lança seus cálidos raios,

Ou esconde o rosto dourado sob a névoa;

E tudo que é belo um dia acaba,

Seja pelo acaso ou por sua natureza;

Mas teu eterno verão jamais se extingue,

Nem perde o frescor que só tu possuis;

Nem a morte virá arrastar-te sob sombras,

Quando os versos te elevarem à eternidade:

Enquanto a humanidade puder respirar e ver,

Viverá meu canto, e ele te fará viver.

(Do livro 154 SONETOS-William Shakespeare –

Homenagem aos 400 anos da 1ª edição 1609-2009)

William Shakespeare
Enviado por Madalena Gomes em 22/01/2018
Reeditado em 22/01/2018
Código do texto: T6232976
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