SONETO À PERPLEXIDADE

Cansei da caridade midiática

Da “bondade” que saneia a própria dor que engendrou!

Das tantas santidades programáticas...

Do Homem, que como igual, do seu igual se alimentou.

Cansei da fala mansa eloqüente

Da promessa, à tanta gente, que não se concretizou!

Das mãos que sempre sorrateiramente

Abandonaram, pungentes!- um chão que se degradou.

As flores que floravam pelos campos

Adubados com o engano de a inocência germinar

Despertam sépalas do desengano

Cálice de falsos planos nunca a se entornar!

Na terra brotam vis ervas daninhas...

Como praga, em sintonia, às sementes arruinar.