Ainda
Ainda há vida após a morte,
Ainda se alegram no desespero.
Ainda caminha de mãos dadas,
Ainda não se desgruda na esquina.
Ainda há calor em nosso norte,
Ainda se exalam nosso tempero.
Ainda safadinha se faz recatada,
Ainda não deixa de ser uma menina.
Ainda que queira ser forte,
Chora em lagrimas por inteiro,
Até parece estar atada.
Ainda que não se importe,
Fica de olho sorrateiro,
Até suas pupilas ficam dilatadas.